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sábado, 4 de janeiro de 2025

O que é o Jubileu


 “Jubileu” é o nome de um ano particular: parece derivar do instrumento que se usava para indicar o seu início; trata-se do
yobel, o chifre do carneiro, cujo som anuncia o Dia da Expiação (Yom Kippur). 

Esta festa recorre a cada ano, mas assume um significado especial quando coincide com o início do ano jubilar. Encontramos uma primeira ideia disto na Bíblia: o ano jubilar tinha que ser convocado a cada 50 anos, já que era o ano “extra”, a mais, que se vivia cada sete semanas de anos (cf. Lv 25,8-13). Ainda que fosse difícil de realizar, foi proposto como ocasião para restabelecer uma correta relação com Deus, entre as pessoas e com a criação, e implicava a remissão de dívidas, a restituição de terrenos arrendados e o repouso da terra.

Citando o profeta Isaías, o evangelho segundo Lucas descreve desta forma também a missão de Jesus: 

“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Enviou-me a proclamar a redenção aos cativos e a vista aos cegos, a restituir a liberdade aos oprimidos, a proclamar o ano da graça do Senhor” (Lc 4,18-19; cf. Is 61,1-2). Estas palavras de Jesus tornaram-se também ações de libertação e de conversão no quotidiano dos seus encontros e das suas relações.

Bonifácio VIII em 1300 proclamou o primeiro Jubileu, também chamado de “Ano Santo”, porque é um tempo no qual se experimenta que a santidade de Deus nos transforma. A sua frequência mudou ao longo do tempo: no início era a cada 100 anos; passou para 50 anos em 1343 com Clemente VI e para 25 em 1470 com Paulo II. Também há jubileus “extraordinários”: por exemplo, em 1933 Pio XI quis recordar o aniversário da Redenção e em 2015, o Papa Francisco proclamou o Ano da Misericórdia. 

A forma de celebrar estes anos também foi diferente: na sua origem, fazia-se a visita às Basílicas romanas de São Pedro e São Paulo, portanto uma peregrinação, mais tarde foram-se acrescentando outros sinais, como a Porta Santa. Ao participar no Ano Santo, vive-se a indulgência plenária.


INDULGÊNCIA

A indulgência é uma manifestação concreta da misericórdia de Deus, que transcende os limites da justiça humana e as transforma. Este tesouro de graça tornou-se história em Jesus e nos santos: olhando para esses exemplos, e vivendo em comunhão com eles, a esperança de perdão e para a própria jornada de santidade se fortalece e se torna certeza. A indulgência permite libertar o coração do fardo do pecado, para que a reparação devido possa ser dada em total liberdade.

Concretamente, essa experiência de misericórdia passa por algumas ações espirituais que são indicadas pelo Papa. Aqueles que, por doença ou não, não podem se tornar peregrinos, no entanto, são convidados a participar do movimento espiritual que acompanha este ano, oferecendo seu sofrimento e seu cotidiano e participando da celebração eucarística.



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