SAUDAÇÃO DO PAPA FRANCISCO
Cidade do México
Domingo, 14 de Fevereiro de 2016
Senhora Primeira Dama,
Senhora Secretária da Saúde,
Senhor Diretor,
Membros do Patronato,
Famílias aqui presentes,
Amigas e amigos, queridas crianças,
boa tarde!
Agradeço a Deus que me dá a oportunidade de vir visitar-vos,
de me encontrar convosco e as vossas famílias neste Hospital; de poder
partilhar um pouco da vossa vida, da vida de todas as pessoas que trabalham
como médicos, enfermeiros, funcionários e voluntários que vos atendem, tanta
gente que está a trabalhar para vós.
Há uma passagem no Evangelho que nos narra a vida de Jesus
quando era criança. Era ainda muito pequeno, como alguns de vós. Um dia os seus
pais, José e Maria, levaram-No ao Templo para O apresentarem a Deus. E lá
encontram um ancião que se chamava Simeão; o velhito, ao ver o Menino, com
muita determinação, grande alegria e gratidão, toma-O nos braços e começa a
bendizer a Deus. Ao ver o menino Jesus, duas coisas nasceram nele: um sentimento
de gratidão e o desejo de bendizer. Ou seja, ao velhito veio vontade de dar
graças a Deus e bendizê-Lo.
Simeão é o «avô» que nos ensina estas duas atitudes
fundamentais da vida: agradecer e bendizer.
Aqui eu abençoo-vos a vós, os médicos abençoam-vos a vós,
sempre que as enfermeiras vos fazem os tratamentos e todo o pessoal, todos os
que trabalham aqui abençoam-vos a vós, as crianças, mas vós tendes também que
aprender a abençoá-los a eles e a pedir a Jesus que cuide deles, porque eles
cuidam de vós. Aqui eu sinto-me (e não só pela idade) muito identificado com
estes dois ensinamentos de Simeão. Por um lado, ao atravessar aquela porta e
ver os vossos olhos, os vossos sorrisos – alguns, traquinas –, os vossos
rostos, veio-me o desejo de dar graças. Obrigado pelo carinho com que me
recebeis; obrigado pelo afecto com que sois cuidados aqui, pelo afecto com que
vos acompanham. Obrigado pelo esforço de muitos que estão a dar o seu melhor
para poderdes recuperar rapidamente. É muito importante sentir-se cuidados e
acompanhados, sentir-se amados e saber que estão procurando a melhor maneira de
cuidar de nós. Por todas estas pessoas, digo obrigado, obrigado!
E, ao mesmo tempo, quero abençoar-vos. Quero pedir a Deus
que vos abençoe, que acompanhe a vós e aos vossos familiares, a todas as
pessoas que trabalham nesta casa e procuram que estes sorrisos continuem a
crescer cada dia; a todas as pessoas que, não só com medicamentos mas com a
«carinhoterapia», ajudam para que este tempo seja vivido com maior alegria.
Muito importante a «carinhoterapia»! Muito importante! Às vezes uma carícia
ajuda muito a restabelecer-se.
Conheceis o índio Juan Diego, ou não? [respondem: Sim!]
Vejamos! Levante o braço quem o conhece… Quando o tio de Juanito caiu doente,
este ficou muito preocupado e angustiado. Naquele momento, aparece a Virgem de
Guadalupe e diz-lhe: «Não se perturbe o teu coração, nem te inquiete coisa
alguma. Não estou aqui Eu, que sou tua Mãe?»
Temos a nossa Mãe. Peçamos-Lhe que nos ofereça ao seu Filho
Jesus. E agora a vós, crianças, vou pedir-vos uma coisa: fechemos os olhos,
fechemos os olhos e peçamos-Lhe aquilo que deseja o nosso coração hoje. Um
breve momento de silêncio com os olhos fechados e, dentro de nós, peçamos-Lhe o
que desejamos. E agora digamos juntos à nossa Mãe: Ave Maria…
Que o Senhor e a Virgem de Guadalupe sempre vos acompanhem.
Muito obrigado! E, por favor, não vos esqueçais de rezar por mim. Não vos
esqueçais... Que Deus vos abençoe!
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