Na quarta-feira, dia 15 de julho, aconteceu, na Sala de Imprensa da Santa Sé, a
apresentação de uma conferência sobre mudanças climáticas que se realiza no
Vaticano nos próximos dias 21 e 22 de julho.
O evento é
organizado pela Academia Pontifícia das Ciências Sociais e já é um êxito,
devido ao grande número de participantes. Esta iniciativa realiza-se na Sala Nova do Sínodo.
Esperam-se
presidentes de municípios de todo o mundo, assim como, governadores locais e
delegados da ONU. Estão já garantidas as presenças dos presidentes de câmara de
Roma, Paris, Bogotá, Boston, Cidade do México, Oslo e Vancouver, e também de São Paulo, Rio de Janeiro, Bogotá, Cidade do México, Acra, Joanesburgo, Libreville,
Abidjan e Teerão.
Dois temas em
debate: “Moderna escravidão e mudanças climáticas” e “Prosperidade, povos e
planeta”.
A ideia desta conferência foi amadurecida em alguns encontros no
Vaticano entre bispos e chefes de Polícia de todo o mundo, e foram estes últimos,
a lembrarem que algo fosse proposto aos autarcas, visto que são eles que estão
próximos das pessoas, para as poderem sensibilizar da necessidade de mudar
estilos de vida, de produção e de consumo. O arcebispo D. Marcelo Sanchez
Sorondo, Chanceler da Academia Pontifícia das Ciências Sociais explicou a
oportunidade dos temas da conferência:
“Quisemos
juntar duas realidades que – também à luz da Encíclica do Papa “Laudato Sí” –
consideramos duas emergências; a mudança do clima induzida pela atividade humana
que usa os materiais fósseis e o tema das novas formas de escravidão, porque
como diz a mesma Encíclica tudo está ligado.”
“Sabemos que
a situação é, verdadeiramente grave porque fala-se de 30 milhões de pessoas que
vivem na situação de escravos. Reconheceu-o até a Organização Internacional do
Trabalho – reconheceu-o contra os seus próprios interesses – e reconheceu
também que 80% dos proventos que recebem os traficantes – proventos de cerca de
150 mil milhões de dólares ao ano – chegam da prostituição. Portanto, de uma
forma até provocatória consideramos que a prostituição é uma nova forma de
escravidão.”
“Dizemos aos
autarcas, numa declaração que eles assinarão e que todos já aceitaram, de
empenharem-se muito claramente sobre o tema das novas formas de escravidão e de
empenharem-se para incluir as novas formas de escravidão como objetivos
primários na nova relação sobre o desenvolvimento sustentável das Nações
Unidas, que deveria ser aprovada em setembro.”
Este evento
acontece na Sala Nova do Sínodo no Vaticano nas próximas terça e quarta-feira,
dias 21 e 22 de julho.
Fonte: Rádio
Vaticano
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