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terça-feira, 16 de abril de 2013

Entrevista com o novo secretário da Congregação para a Vida Religiosa


"Um presente que o Senhor me manda”

Em entrevista, para o jornal Faro de Vigo, o novo secretário da Congregação para a Vida Consagrada, o ourense frei José Rodríguez Carballo, afirma que sua nomeação demonstra “a absoluta confiança do Papa em sua pessoa e na ordem franciscana. Antes de tomar posse de seu cargo, o até agora ministro geral dos franciscanos fará um retiro espiritual para se preparar diante do “presente que o Senhor me manda”.

Entrevista.
A cronologia de sua vida é conhecida, mas pouco se conhece a respeito dos primeiros momentos em que você começou a sentir a vocação.
Desde muito jovenzinho. Aos 10 anos e meio ingressei no seminário menor. O Senhor me chamava para ser franciscano. Aos 17 anos, já professei a regra franciscana e aos 22 fui ordenado sacerdote. Posteriormente, enviaram-me ao conselho geral da Ordem em Roma.

Você irá se preparar de alguma maneira para o novo cargo?
Vou me preparar realizando exercícios espirituais, embora também tenha que realizar uma preparação de coisas materiais.

Você realizará esse retiro espiritual em algum lugar especial?
Será uma semana para meditar. Estou pensando em ir ao Monte Alverne, onde São Francisco recebeu as chagas de Cristo, ou à Terra Santa (Rodríguez Carballo foi ordenado sacerdote em Jerusalém, em 1977). São dois lugares aos quais me sinto ligado.

Que relevância esta nomeação como secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica possui?
Demonstra a absoluta confiança do Papa em minha pessoa e na ordem franciscana. Após a nomeação do bispo de Buenos Aires, esta é a primeira nomeação que realiza, o que é muito significativo, uma vez que a considera muito importante.

Pode explicar um pouco em que consiste?
É um dicastério que depende diretamente do Papa. É como uma espécie, em linguagem política, do ministério que se ocupa da vida religiosa em todo o mundo. Faz dois dias que vim a conhecê-lo. É um gesto muito significativo do Santo Padre.

Como você se depara diante deste futuro iminente que se aproxima?
Sinto preocupação porque começa algo novo. Isto é um presente que o Senhor me manda, desta forma, devo estar sereno dentro do que cabe. Por outra parte, sinto certa tristeza em deixar de trabalhar pela vida franciscana, que é minha vocação. Estava muito feliz como estava. Agora, estarei ao serviço da Igreja, por isso tenho uma profunda alegria.

Antes, você destacava que se ocuparia da vida religiosa em todo o mundo. Isto implicará em muitas viagens?
É um trabalho de escritório e de muitas viagens. Fiz o juramento do cargo hoje, ainda que a ordenação episcopal seja no dia 18 de maio, na Catedral de Compostela.

Fonte: Religión Digital

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