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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Mensagem dos Bispos, em Sínodo, para o Povo de Deus

Os bispos reunidos em Roma aprovaram, sexta-feira, 26, a Mensagem do Sínodo dos Bispos para o Povo de Deus.  Ao todo, são onze páginas de reflexões.
No texto, dividido em 14 pontos, os padres sinodais afirmam que conduzir os homens e as mulheres do nosso tempo a Jesus é uma urgência que diz respeito a todas as regiões do mundo, de antiga e recente evangelização.
Este caminho começa a partir do encontro pessoal com Jesus Cristo e com a escuta das Escrituras. “Para evangelizar o mundo, a Igreja deve, antes de tudo, colocar-se à escuta da Palavra”, escrevem os Padres sinodais. Em síntese, a Mensagem aborda os seguintes temas:

Nova evangelização
Olhando de maneira mais concreta ao contexto da nova evangelização, o Sínodo recorda a necessidade de reavivar a fé, que corre o risco de apagar-se nos atuais contextos culturais, também contra o enfraquecimento da fé em muitos batizados. O encontro com o Senhor, que revela Deus como amor, só acontece na Igreja como forma de comunidade acolhedora e experiência de comunhão; a partir daqui, então, os cristãos passam a ser testemunhas em outros lugares.
Contudo, a Igreja afirma que, para evangelizar, é necessário, antes de tudo, ser evangelizado e lançar um chamado – começando por si mesma – à conversão, porque a debilidade dos discípulos de Jesus pesam sobre a credibilidade da missão.
A mensagem também cita que a nova evangelização acolhe favoravelmente a cooperação com outras Igrejas e comunidades eclesiais, também elas movidas pelo mesmo espírito de anúncio do Evangelho. Presta-se particular atenção aos jovens, em uma perspectiva de escuta e de diálogo para recuperar, e não mortificar, seu entusiasmo.

Juventude
Os jovens também são destinatários da Mensagem do Sínodo, definidos “presente e futuro da humanidade e da Igreja”. A nova evangelização encontra nos jovens um campo difícil, mas promissor, como demonstram as Jornadas Mundiais da Juventude.

Família
Os Bispos apontam como lugar natural da primeira evangelização a família, que desempenha um papel fundamental para a transmissão da fé.
Diante das crises pelas quais passa essa célula fundamental da sociedade, com inúmeros laços matrimoniais que se desfazem, os Padres Sinodais se dirigem diretamente às famílias de todo o mundo, para dizer que o amor do Senhor não abandona ninguém, que também a Igreja as ama e é casa acolhedora para todos.
A mensagem cita também a vida consagrada, testemunho do sentido ultra-terreno da existência humana, e as paróquias como centros de evangelização.
Também  recorda a importância da formação permanente para os sacerdotes e os religiosos e convida os leigos (movimentos e novas realidades eclesiais) a evangelizar permanecendo em comunhão com a Igreja.

Diálogo inter-religioso
Os horizontes da nova evangelização são vastos tanto quanto o mundo, afirma o Sínodo, portanto é fundamental o diálogo em vários setores: com a cultura, a educação, as comunicações sociais, a ciência e a economia. Fundamental é o diálogo inter-religioso que contribua para a paz, rejeita o fundamentalismo e denuncia a violência contra os fiéis, grave violação dos Direitos Humanos.

Igreja em cada região do mundo
Na última parte, a Mensagem se dirige à Igreja em cada região do mundo. Com relação à América Latina, os padres sinodais se dirigem com sentimento de gratidão.

Os participantes do sínodo pensaram também numa comissão da Igreja encarregada de tratar os ataques contra a liberdade religiosa e de obter “informações exatas” em caso de violações. Os bispos pregam uma difusão ampla dos ensinamentos da “Dignitatis Humanae”, que defende a liberdade absoluta de consciência, ou seja, de crer ou não crer.

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