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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Bento XVI proclamou dois novos Doutores da Igreja

São João d'Ávila, Doutor da Igreja

 Bento XVI  proclamou o religioso espanhol São João d’Ávila (1499-1569) como “Doutor da Igreja” numa celebração no domingo, 7, na Praça São Pedro no Vaticano.
O religioso espanhol, que foi canonizado em 31 de maio 1970 por Paulo VI, apoiou Santa Teresa d’Ávila na reforma da Ordem Carmelita e o português São João de Deus na fundação de casas de apoio aos desfavorecidos.
Bento XVI revelou oficialmente que iria proclamar dois novos doutores da Igreja Católica no último dia 27 de maio, destacando a “marca intensa de fé” que estes santos deixaram, “em períodos e ambientes culturais bem diferentes”.
O Papa sublinhou que São João de Ávila “participou e trabalhou na renovação cultural e religiosa da Igreja e na configuração da sociedade na transição para a modernidade”.
Num encontro com bispos espanhóis, em Madri, no dia 20 de agosto de 2011, Bento XVI anunciava a intenção de proclamar o padroeiro do clero secular espanhol como ‘Doutor da Igreja Universal’, em resposta aos apelos da Conferência Episcopal Espanhola, bem como de “um grande número de arcebispos e bispos de outras partes do mundo, e de muitos fiéis”. (SP-Ecclesia)


Santa Hildegarda de Bingen, Doutora da Igreja

Hildegarda de Bingen (1098-1179) é considerada uma das figuras mais extraordinárias da ciência humana europeia. Foi definida inclusive a mulher mais inteligente da Idade Média. De nenhuma mulher medieval foram transmitidos tantos testemunhos literários. Quem apresenta a figura e a obra desta santa beneditina – que Bento XVI, no domingo 7 de Outubro, proclamou Doutora da Igreja – é o Cardeal Karl Lehmann, Bispo de Mainz.
No âmago do pensamento teológico e espiritual da santa está a Criação, no sentido não só moderno, porque remete sempre para o seu autor, Deus o Criador, que pelo seu amor incomparável à existência criadora, quis pôr o homem no centro da Criação. Santa Hildegarda nunca vê o homem e o mundo, o corpo e a alma, a natureza e a graça, como fenômenos isolados. A antropologia está fortemente ligada à cosmologia e, consequentemente, também à ecologia. Toda a Criação transparece repetidamente através do nexo vivo que existe entre todos os fenômenos.
Para descrever este nexo intrínseco de toda a Criação, e, sobretudo, a «harmonia» com a qual as criaturas se relacionam umas com as outras até se completarem, Hildegarda usa com frequência o termo «sinfonia», principalmente nas poesias e nos seus cânticos. Santa Hildegarda não tem dúvidas quando afirma que Deus criou o nosso mundo como mundo bom. Ela não fecha os olhos diante do mal e do pecado que causaram tanta destruição e desarmonia na Criação.
Portanto, tudo depende da conversão do homem. São célebres três escritos que contêm as suas visões: o Scivias, Conosci le vie (1141-1151), o Liber Vitae Meritorum (1158-1163), o livro dos méritos da vida, e o Liber Divinorum Operum(1165-1174), o livro das obras divinas. Este último livro com as visões cosmológicas é considerado a obra-prima da sua mente criativa. Entre os anos 1150 e 1160 adquiriram forma os seus escritos sobre as ciências naturais e sobre a medicina; obras que representam, no estado atual, uma coletânea de experiências populares, herança clássica e tradição cristã. (SP- Karl Lehmann, Bispo de Mainz)
Fonte: RV

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