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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

3ª Jornada de Oração pela Paz

Oração e paz: o roteiro de Assis 
Em peregrinação "pela verdade e pela paz", Bento XVI e diversos outros líderes religiosos de todo o mundo estarão reunidos em Assis, na Itália, para refletir, dialogar e rezar pela paz e pela justiça no mundo nos dias 27 e 28 de outubro deste ano.


O programa
Ainda no dia 26, quarta-feira, Bento XVI presidirá na Praça de São Pedro uma vigília de oração com os fiéis da diocese de Roma. 
No dia 27, quinta-feira pela manhã, as delegações, juntamente com o Papa Bento XVI, partirão de trem da Cidade do Vaticano até Assis, um trajeto de pouco menos de 200 km. Em Assis, ele se dirigirão à Basílica de Santa Maria dos Anjos. Na porta, Bento XVI irá recepcionar os chefes de cada uma das delegações. Entre os líderes religiosos convidados, estarão:
• Sua Santidade Bartolomeu I (arcebispo de Constantinopla, Patriarca Ecumênico)
• Dr. Rowan Douglas Williams (arcebispo de Canterbury – Primaz da Comunhão Anglicana)
• Sua Eminência Aleksandr (Patriarcado de Moscou)
• Metropolita Gregorios (Patriarcado Siro-Ortodoxo de Antioquia)
• Sua Eminência Norvan Zakarian (arcebispo Primaz da Diocese Armena da França)
• Rev. Olav Fykse Tveit (secretário-geral do Conselho Ecumênico de Igrejas)
• Rev. Setri Nyomi (Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas)
• Rabino David Rosen (representante do Grão-Rabinato de Israel)
• Prof. Wande Abimbola (porta-voz da religião Ifá e Iorubá)
• Acharya Shri Shrivatsa Goswami (representante da religião Hindu)
• Venerável Ja-Seung (presidente da Jogye Order, budismo coreano)
• Dr. Kyai Haji Hasyim Muzadi (secretário-geral da Conferência Internacional das Escolas Islâmicas)
• Profª. Julia Kristeva (representante dos ateus e não crentes)
• Guillermo Hurtado (representante dos ateus e não crentes)
Além destes, também haverá representantes da Federação Luterana Mundial e da Aliança Mundial Batista. Na basílica, haverá um momento de comemoração dos encontros anteriores e de aprofundamento do tema da jornada, Peregrinos da verdade. Peregrinos da paz, com um breve discurso dos representantes.
Depois do almoço, haverá um tempo de silêncio, destinado à reflexão e oração.
À tarde, haverá uma caminhada, especialmente dos jovens, da Basílica de Santa Maria dos Anjos até a Praça de São Francisco. Junto à Basílica, haverá o momento final da Jornada, com a renovação solene do Compromisso Comum pela Paz. Depois de um momento de silêncio, os chefes das delegações acenderão suas velas, como gesto simbólico de oração. Os líderes religiosos mundiais, então, darão o abraço da paz mutuamente. Por fim, o Papa Bento XVI fará o encerramento do encontro, e o Coro da Diocese de Assis entoará o Cântico das Criaturas.
No dia seguinte pela manhã,  na Cidade do Vaticano, o Papa Bento XVI irá se encontrar novamente com as delegações e haverá um almoço com o secretário de Estado do Vaticano, o jesuíta Tarcisio Bertone.
Será a terceira Jornada de Oração pela Paz e irá ocorrer em uma data significativa: os 25 anos desde a primeira iniciativa, assumida por João Paulo II, ainda em 1986, de reunir – pela primeira vez na história – os principais líderes religiosos mundiais para uma oração comum pela paz sob as sombras da Guerra Fria.
Assis foi escolhida por ter sido a terra natal de São Francisco, "um homem de paz", e de Santa Clara, "por excelência, uma mulher da oração", como havia afirmado João Paulo II em 1986. Francisco "abandonou a carreira militar que havia seguido por um certo tempo na juventude e descobriu o valor da pobreza, o valor da vida simples e austera, na imitação de Jesus Cristo, que ele pretendia servir". Já a união de Clara com Deus na oração "sustentava Francisco e os seus seguidores, assim como nos sustenta hoje", afirmou Wojtyla.
Depois de 1986, o encontro foi repetido em 2002, após os atentados do 11 de setembro, novamente sob a liderança de João Paulo II. E agora, em 2011, a cúpula inter-religiosa traz a marca de Bento XVI, que, quando cardeal, havia sido um grande crítico do primeiro evento, por considerá-lo como um risco de uma mera equiparação das religiões. No entanto, depois, assumiu que "Assis foi, ao contrário, a expressão de um caminho, de uma busca, da peregrinação pela paz que só é tal se unida à justiça".
Foi a partir desse amadurecimento "multirreligioso", que, no dia após a eleição, em 2005, Bento XVI pediu "um diálogo aberto e sincero" com as outras culturas e religiões.

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