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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Vaticano manifesta pesar pelo ataque israelense à ajuda humanitária

Ontem, quarta-feira, 2 de junho, a Santa Sé expressou sua preocupação e dor pelas mortes (9, segundo Israel, 19 segundo a imprensa turca) do ataque na noite desta segunda-feira pelas forças armadas israelenses contra um comboio de seis embarcações transportando ajuda humanitária com destino a Gaza. Mais de 750 pessoas estariam a bordo das embarcações que compunham a "Flotilha da Liberdade", entre ativistas de 60 países e as tripulações.

"Trata-se de um fato muito doloroso, particularmente pela perda inútil de vidas humanas", disse aos jornalistas o Pe. Federico Lombardi SJ, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.

"A situação está sendo acompanhada pelo Vaticano com grande atenção e preocupação. Como se sabe, a Santa Sé é sempre contrária ao uso da violência - por qualquer uma das partes envolvidas -, pois esta torna sempre cada vez mais difícil alcançar soluções pacíficas de longo prazo", acrescentou o porta-voz do Vaticano.

Segundo o Pe. Lombardi, "o Papa, que dentro de poucos dias estará na região do Oriente Médio, não deixará de enfatizar sua mensagem de paz".

Por sua vez, o Pe. Jorge Hernández, pároco católico de Gaza, disse em entrevista à Rádio Vaticano: "Evidentemente, este é um crime que poderia ter sido evitado! Não era preciso chegar a tal ponto, pois havia formas de agir de maneira pacífica".

O Pe. Hernández prosseguiu dizendo que o evento "causa muitos problemas, o primeiro dos quais é a reação de cólera entre o povo palestino de Gaza. (...) Esta é atmosfera que se respira agora em Gaza: uma atmosfera de vingança pelo ocorrido".

Um missionário argentino disse temer que o ataque pudesse novamente inflamar os ânimos na região e provocar retaliações contra Israel.

"Disso nós já sabemos: a violência gera ainda mais violência. Creio que, evidentemente, haverá consequências por tudo o que ocorreu", disse.

Para o pároco, a situação humanitária é "extremamente grave: a falta de qualquer produto faz com que os preços subam às estrelas".

"Medicamentos e outros bens de primeira necessidade custam caríssimo. E gostaria de enfatizar que a situação piora a cada dia.Não se alcança a paz por meio da violência. Não é esse o caminho adequado!", concluiu o Pe. Hernández.

Fonte: Agência Zenit

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