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segunda-feira, 4 de maio de 2009

Paulo e o amor







Ao ler as cartas de Paulo Apóstolo descobre-se um coração imenso, cheio da “ternura de Jesus Cristo”, um coração aberto, acolhedor, e o segredo deste sentimento que tanto recomenda, ele mesmo o revela quando diz que trás dentro de si “o amor de Deus”. A Filemon escreveu quando estava, provavelmente, na primeira prisão romana que durou dois anos, de 58 até 60. No seu pequeno e amoroso bilhete, Paulo se desdobra em bondade, se diz “pai” do escravo Onésimo, identificando-o com seu próprio coração:
Peço-lhe em favor de Onésimo, o filho que eu gerei na prisão. Antes ele era inútil para você, mas agora ele útil tanto para você, como para mim. Eu o mando de volta para você; ele é como se fosse meu próprio coração". (Fm 10-12).

- Motivação para amar. O que move os sentimentos de Paulo é o amor de Deus pleno no seu coração: “O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo.” (Rm 5,5).

- De onde vem o amor? Paulo tem uma convicção: o amor de Deus se manifesta em Jesus Cristo. Quem nos poderá separar do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada? (...) Estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem os poderes nem as forças das alturas ou das profundidades, nem qualquer outra criatura, nada nos poderá separar do amor de Deus, manifestado em Jesus Cristo, nosso Senhor." (Rm 8,35-39).

- Como deve ser o amor fraterno? Paulo recomenda:
Que o amor de vocês seja sem hipocrisisa: detestem o mal e apeguem-se ao bem; no amor fraterno, sejam carinhosos uns com os outros, rivalizando na mútua estima”. (Rm 12,9-10)

- E pede mais:Este é o meu pedido: que o amor de vocês cresça cada vez mais” (Fl 1,9).
- Como amar? Falando em primeira pessoa, Paulo ensina:

" Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha; as profecias desaparecerão; havendo línguas cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor." (1Cor 1-4;7-8).

- Imagem do amor paulino: Paulo usa uma imagem do amor, como se fosse uma roupa toda trabalhada com detalhes de bondade, compaixão, perdão, humildade e com um laço especial. Esta roupa é a nossa proteção e identificação para os demais:
Vistam-se de sentimentos de compaixão, de bondade, humildade, mansidão, paciência. e acima de tudo, vistam-se com o amor que é o laço da perfeição." (Col 3,12.14).

- Paulo ama muito. Ninguém pode duvidar do grande amor que movia Paulo, ao ler esta declaração de imensa ternura:
Deus é testemunha de que eu quero bem a todos vocês com a ternura de Jesus Cristo." (Fl 1,8).
Para rezar ou cantar com Paulo
Quem nos separará, quem vai nos separar
do amor de Cristo,quem nos separará?
Se ele é por nós, quem será quem será contra nós?
Quem vai nos separar do amor de Cristo, quem será
? (Rm 8,35).

Ano Paulino 2007-2008
Paulinas

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