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quarta-feira, 8 de outubro de 2008

São Paulo emigrante

Mensagem para a 95a Jornada Mundial do Emigrante e Refugiado


O Papa Bento XVI pediu uma "atenção prioritária" para os refugiados, emigrantes ilegais, débeis, indefesos, marginais e vítimas da escravidão moderna e exortou à promoção em todo o mundo da convivência pacífica entre etnias, culturas e religiões.
Bento XVI faz este pedido na Mensagem para 95ª Jornada Mundial do Emigrante e o Refugiado - que se realiza a 18 de Janeiro de 2009, com o lema "São Paulo emigrante, apóstolo dos povos" - hoje apresentada pelo cardeal Renato Martino, presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Emigrantes.
O Papa escolheu a figura de São Paulo porque este ano se comemora o 2000 aniversário do nascimento do Apóstolo dos Gentios, nascido numa família judia de emigrantes, educado na cultura judia e helenística, segundo precisou o Papa para sublinhar o caráter emigrante de Saulo de Tarso.
O bispo de Roma sublinhou que Paulo, com as viagens apostólicas, foi um "autêntico missionário dos emigrantes, emigrante ele próprio e embaixador itinerante de Jesus Cristo".
Durante a apresentação da Mensagem de Bento XVI, o cardeal Renato Martino disse que o fenômeno migratório num mundo globalizado se tornou "imparável" e que o problema se resolverá através do acolhimento "com regras justas, equilibradas e solidárias" dos fluxos migratórios pelos Estados.
O cardeal considerou que o movimento migratório, favorecido pela globalização, assumiu dimensões notáveis e que já são 200 milhões as pessoas que vivem fora dos países de origem, empurradas pela miséria, fome, violência, guerras, rivalidades étnicas e o desejo de encontrar uma vida melhor".
Martino sublinhou que essas pessoas se dirigem especialmente para as áreas mais ricas do mundo "e isso explica porque a imigração se vive nesses países como uma espécie de invasão, com repercussões negativas em termos de estabilidade e segurança".
"Este clima de encerramento torna ainda mais amargos e tristes os casos pessoais de muitos imigrantes, empurrando-os para outras condições de irregularidade, mas o problema não se resolverá fechando fronteiras, mas acolhendo com regras justas, equilibradas e solidárias", concluiu.


Para ler a mensagem na íntegra, acesse:

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